Não é só necessário possuir as qualidades referidas anteriormente. Para além disso, o tutor tem de ser capaz de manter um diálogo o mais frequentemente possível com o aluno.

O tutor pode ter empatia pessoal, ser cordial e tolerante, mas terá também de saber ouvir e questionar de uma forma estruturada para que o diálogo seja eficaz em termos de aprendizagem.

	Saber ouvir parece simples. Todos nós o fazemos no dia-a-dia. Mas para ouvirmos de uma forma mais eficaz é bom que saibamos que competências estão em jogo.
	É importante que o tutor aprenda a reflectir sobre o que o aluno diz e ajudá-lo a clarificar as suas afirmações. Deve estar sobretudo atento a todas as aspirações do aluno que possam indiciar que ele se encontra em dificuldades ou desmotivado.
	Ao colocar questões o tutor deve procurar que elas não tenham como resposta um simples sim ou não.
	Não deixar morrer a conversa, quando o aluno começa a bloquear, mas também ser capaz de ficar em silêncio, sobretudo quando o aluno está a elaborar um raciocínio.
	Complementarmente ao saber ouvir está o saber seleccionar os aspectos que realmente são pertinentes em relação a cada um dos alunos. Cada pessoa tem as suas características de comunicador. Uns vão directos ao assunto que interessa, outros prefeream antes falar no tempo que faz e no que fizeram durante o fim de semana. Para cada aluno o tutor deve ouvir e ser capaz de determinar o que é ou não importante.